Sunday, October 23, 2011

Qui sont les étudiants étrangers en France ? :

Qui sont les étudiants étrangers en France ? :

 http://www.rfi.fr/france/20111012-sont-etudiants-etrangers-france

Friday, April 02, 2010

A cabeça do Brasileiro


Caros amigos, aqui coloco para vocês um pesquisa intrigante do politicólogo Alberto Carlos Almeida sobre as representações dos brasileiros a repeito de temas diversos.

http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/programa/pgm1127

Monday, March 15, 2010

Morre Jean Ferrat aos 79 anos

JB Online


PARIS - Morreu hoje o cantor francês Jean Ferrat, membro do Partido Comunista Francês (PCF) e um dos grandes nomes da música de protesto do país.
O cantor faleceu em Aubenas aos 79 anos de idade.

Ensaio reúne pesquisas sobre o patrimônio histórico do Brasil

Regina Abreu, Jornal do Brasil


RIO - O livro Os arquitetos da memória, de Márcia Chuva, focaliza uma destas ações necessárias para o estabelecimento das bases do Estado-nação moderno. Trata-se de uma ação no âmbito da cultura e da memória: a constituição dos quadros da memória nacional e a invenção do patrimônio histórico e artístico nacional. O período é o Estado Novo e os personagens giram em torno do então todo poderoso Gustavo Capanema, ministro da Educação, do fundador do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Rodrigo Mello Franco de Andrade, do arquiteto Lucio Costa e de um grupo animado de idealistas e missionários da nacionalidade, em especial jovens arquitetos que impulsionaram o campo da preservação do patrimônio no Brasil devotando-se à instituição recém-criada –SPHAN– e liderando profunda remodelação de gostos e valores estéticos no país que culminou com a consagração definitiva do barroco brasileiro como “o primeiro momento em que se constituiu uma arte autenticamente nacional (...) com características de renovação e de mudança, em oposição à simples reprodução de um arte reinol em terras coloniais”.
A historiadora Márcia Chuva sinaliza o quanto o projeto cultural do regime varguista, dos anos 30 e 40, foi relevante para a constituição das bases de um Brasil que ainda nos parece extremamente atual. “Este projeto cultural”– assinala a autora – incorporado à ossatura material do Estado mediante a criação de agências na administração pública – dentre as quais o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e com a constituição de um corpo técnico, se nacionalizava engendrando uma rede de alianças que se ampliava ao entrelaçar redes locais dispersas no território, no exercício cotidiano de suas ações de proteção do patrimônio”. Os novos agentes do patrimônio – arquitetos da memória – que se aparelharam no Estado buscaram implantar um projeto de nação do qual foram artífices e cuja consagração construíram, opondo-se à importação de uma cultura europeia: somente com a fundação de um novo tempo, moderno, a nação poderia constituir-se plenamente. E o grande ícone foi a apropriação do barroco no contexto de um “ideário nacional” fundador das práticas de preservação cultural no Brasil. A autora nos mostra o alcance da ação dos arquitetos da memória formulando uma nova prática social de atribuição de valor a objetos e bens materiais que se transmutaram simbolicamente em elos de identidade unindo todos os membros constituintes da nação.
Apoiada em farto material documental, Márcia Chuva sustenta a tese de que a implementação de ações de proteção do patrimônio nacional foi estratégica para a ampliação das redes territoriais na formação do Estado e para a construção de sentimentos de pertencimento a uma comunidade nacional imaginada, na medida em que essas ações geraram uma territorialização particular da nação, garantindo a permanência, no tempo e no espaço, de objetos monumentalizados.
Num certo sentido, os aquitetos da memória inventaram os “quadros da memória nacional, cuja referência primordial das origens da nacionalidade foram associadas estreitamente a imagens das Minas Gerais do século 18. Esses quadros, que hoje aparentam ser naturais, constituíram-se inicialmente a partir de severas lutas de representação, no interior das quais se impuseram, com eficiência impressionante, as representações do período colonial mineiro e de sua conseqüente produção artística como as origens da nação brasileira. A autora nos sugere que esta conquista deu-se à custa de um investimento intelectual, político e simbólico de monta, feito a partir de redes de agentes articuladas com o SPHAN, especialmente integrados pela presença marcante de Rodrigo Melo Franco de Andrade e Lucio Costa ao longo de todo esse processo.
A pesquisa de Márcia Chuva, elaborada inicialmente como tese de doutoramento em História pela Universidade Federal Fluminense, é precisa e minuciosa. Valendo-se da condição de técnica da instituição que sobreveio ao antigo SPHAN, a autora demonstra grande familiaridade com fontes do Arquivo Central do IPHAN revelando estudos de caso sobre processos de tombamento e descortinando para o leitor o cotidiano da ação destes devotados intelectuais do patrimônio. Alguns casos são emblemáticos, como o do processo de tombamento e de preservação da Igreja e da Casa de Oração da Ordem Terceira do Carmo em Cachoeira na Bahia. Consideradas relíquias de excepcionalidade e expressão genuína do barroco, ambas as construções passaram a figurar no rol dos monumentos a serem tombados e protegidos pelo SPHAN em finais dos anos trinta. As trocas de correspondências entre os técnicos e o presidente do SPHAN, Rodrigo Mello Franco de Andrade, revelam o empenho de todos para que não apenas as duas construções fossem preservadas, mas também todo o entorno. Para a manutenção da harmonia da ambiência do monumento, os técnicos sugeriam ao presidente do SPHAN a compra dos imóveis vizinhos para desapropriação e demolição. O presidente do SPHAN decide acionar o mais rapidamente possível a transação. Preocupado em não obter em tempo hábil a aquiescência do Presidente da República para a transação, como ditava a lei, decide enviar recursos para que o empreiteiro de sua confiança fizesse a compra. Após a desapropriação e a demolição dos imóveis, o empreiteiro – como combinado previamente - faz a doação do terreno para a União possibilitando, com a agilidade que o caso merecia, a preservação tanto da Igreja e da Casa de Oração quanto do entorno, ambos necessários para a consecução do objetivo de proteção de uma paisagem monumental.
Casos como este são extremamente reveladores do espírito de “guerrilha” que vigorava nos primeiros anos do campo do patrimônio no Brasil. Podem também ser lidos como expressões de uma adesão à causa da construção do patrimônio histórico e artístico nacional que ia muito além de um trabalho técnico ou burocrático. Casos que vistos com as lentes de hoje nos parecem muito expressivos de uma relação singular com a construção da nação e do patrimônio público.
Nestes tempos em que vivemos de dilapidação do patrimônio e do erário público, a pesquisa de Márcia Chuva também nos parece sugestiva ao revelar certo espírito missionário de homens públicos como Lúcio Costa e Rodrigo Mello Franco de Andrade. Os estudos de caso e as análises dos discursos impressos nas correspondências avultam-se assim como documentos excepcionais do ethos de uma geração de intelectuais que inaugura também um discurso fundador no campo da preservação, construindo uma genealogia da “boa arquitetura” universal em que a produção brasileira se enquadrava.
Reafirmando nossa arquitetura como nacional e universal, os modernistas do SPHAN conquistaram a inserção do Brasil – e de sua própria produção artística que se tornou hegemônica – no mundo civilizado. A estética modernista configurou o patrimônio histórico e artístico nacional. A arquitetura colonial foi privilegiada não somente pela sua ancianidade mas porque lhe foram atribuídas características que, segundo as concepções modernistas, distinguiam-na como primeiro momento de uma produção autenticamente nacional. Aparelhados no SPHAN, os arquitetos modernistas consagraram a própria arquitetura que produziram, seguindo esta linha de pensamento como aquela que efetivamente representava a nação moderna. Construíram assim simbólica e materialmente o patrimônio histórico e artístico nacional mediante a eleição da arquitetura barroca colonial e a sua restauração. E, na repetição, consagraram-se na ordem inversa, construindo materialmente a arquitetura moderna e elegendo-a simbolicamente com patrimônio histórico e artístico nacional. O tombamento da arquitetura moderna deu-se concomitantemente à sua produção. Brasília foi a consagração abslouta da arquitetura moderna. E o SPHAN mantinha-se solidamente vinculado à sua já tradicional origem. Nesse empreendimento, os arquitetos da primeira geração (alem de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, outros arquitetos da antiga seção técnica do sphan, como José de Souza Reis, Alcides da Rocha Miranda) dirigiam os arquitetos da segunda (tais como Sabino Barroso, Glauco Campello, Jaime Zettel e Ítalo Campofioritto, os três últimos, ex-presidentes do iphan), atuando, concomitantemente ou não , na construção de Brasília. Tombou-se Brasília depois que ela já se havia tornando patrimônio da humanidade. Ainda hoje são tombados pelo IPHAN dentre outros bens, aqueles representativos da arquitetura colonial e também da arquitetura moderna.
O livro que agora é lançado pela Editora da UFRJ traz ainda preciosas ilustrações que permitem que o leitor adentre o universo do campo do patrimônio no dia a dia de suas transformações. É impressionante perceber a revolução estética que os “arquitetos da memória” produziram em tão pouco tempo, consagrando estilos antes condenados ao desaparecimento como as antigas construções coloniais de cidades como Ouro Preto (MG) Parati (RJ) e Cachoeira (BA). Estas marcas do patrimônio sobreviveram ao tempo e hoje se converteram em templos da memória e do turismo num movimento de permanente autentificação do “genuinamente brasileiro”.
A pesquisadora Márcia Chuva interage com bibliografia atualizada sobre o tema tanto em termos nacionais quanto internacionais, oferece com este estudo uma contribuição importante para o campo de estudos da memória e do patrimônio no Brasil. Uma das qualidades do seu texto relaciona-se ao fato de que, embora tenha sido produzido por uma pesquisadora “de dentro” da instituição conseguiu alcançar o distanciamento necessário para fazer uma boa reflexão sobre um momento histórico decisivo para a construção do patrimônio cultural no Brasil. A autora tirou partido da sua proximidade com o Arquivo Central do IPHAN para abrir o baú. Oxalá outros pesquisadores sigam suas pegadas e avancem em novas pesquisas sobre os processos e os agentes que moldaram culturas, memórias e patrimônios.
08:47 - 13/03/2010

Thursday, March 11, 2010

Marcos Bagno - sobre os registros da lingua brasileira.


Marcos Bagno a Caros Amigos
Renato Pompeu – Pelo que entendi, o seu trabalho representa uma reabilitação dos falares populares. Considerar tão digno dizer “nós vamos” e “nóis vai”, as duas frases exercem a mesma função comunicativa e uma não é melhor do que a outra.  Mas como isso se aplicaria nas escolas?
Do ponto de vista da lingüística cientifica não existe nenhuma diferença entre “nóis vai” e “nós vamos”. As duas têm razão de ser, têm uma lógica interna, respondem a processo de transformação da própria língua. Mas aí é que entra a diferença entre um estudo sociológico e o relativismo meio simplista, essa coisa horizontal que a sociolingüística variacionista coloca. Na sociologia da linguagem vira uma coisa vertical em que os diferentes falares sociais são hierarquizados diferentemente. Então, algumas formas lingüísticas gozam de prestígio na sociedade e outras sofrem estigma. As que gozam de prestígio são aquelas usadas pelas camadas dominantes da sociedade. Quando há uma inversão desses papéis sociais – como aconteceu na França no século 18 com a Revolução Francesa –, quando uma classe social assume o poder, evidentemente a sua maneira de falar vai passar a ser considerada a mais bonita, a mais correta, aquela que deve ser imitada. O exemplo da França é o mais eloqüente a esse respeito. Muitas coisas que eram condenadas, consideradas feias, fala vulgar etc., com a ascensão da burguesia ao poder se transformaram no francês modelar, que todo mundo tem que aprender e ensinar.

"...quando a gente diz que é preciso respeitar e aceitar as formas de falar das diferentes comunidades, não significa que achamos que é preciso deixar essas pessoas encerradas na sua maneira de falar. O aluno chega na escola já perfeitamente conhecedor da sua língua materna, da sua variedade lingüística, tem toda a gramática da língua na cabeça, então o trabalho da escola vai ser não negar o que ele já sabe, mas partir do que ele já sabe e apresentar a ele outras maneiras, outras formas."


"... Sérgio de Souza – E ele poderá escrever como fala?
Não, porque vai perceber que existem normas sociais que vão cobrar dele determinadas maneiras de escrever, determinadas maneiras de falar em situações diferentes, ele vai perceber que a língua varia de acordo com a interação social. Ele já sabe disso intuitivamente, uma criança sabe que não pode falar com outra criança da sua idade da mesma maneira como fala com um adulto, com uma pessoa de quem ela tem medo ou por quem ela tem respeito. A variação estilística, como a gente chama, está presente em todos os indivíduos, mas ela vai ser ampliada e sistematizada pelo acesso à cultura letrada... essa maleabilidade da língua que a gente precisa mostrar pro aluno e fazer com que ele possa dominar também..."

"Carlos Azevedo – E essa invasão estrangeira, delivery, essas coisas todas, isso significa o quê?
Significa que o imperialismo americano está aí, que a globalização não existe, o que existe é a norte-americanização do mundo. A invasão, como as pessoas falam, esse uso intenso de termos estrangeiros, que não são estrangeiros, são do inglês, porque não vejo ninguém usar uma palavra turca, indonésia ou sul-africana pra designar nada, nem francês, que hoje é uma língua semiconsciente, quase morta..."  
"...Nas culturas ocidentais que passaram pelo processo de normatização o que aconteceu foi isso, em determinado período da história – no caso do português e na maioria das línguas européias foi no Renascimento, por causa da unificação dos Estados nacionais, a queda do feudalismo –, para criar uma identidade nacional era preciso criar um modelo de língua. Então eram criadas as leis, as normas sociais, as normas políticas e também as normas lingüísticas. Até para fins burocráticos, para poder emitir documentos, produzir as leis, era preciso ter um modelo de língua, então a língua foi retirada da heterogeneidade natural dela e transformada num modelo mais homogêneo, houve essa normatização da língua. No caso especifico do português brasileiro, o grande problema é que essa norma é muito rígida, muito obsoleta, muito ultrapassada. Em outros países, que têm sociedades mais democráticas, por exemplo, nos Estados Unidos, a língua inglesa em geral, à medida que vão surgindo novas formas de falar e escrever, essa norma padrão vai incorporando sem muito trauma, os dicionários autorizam e por aí vai. Aqui no Brasil isso não acontece porque é fruto do nosso processo colonial, a tentativa das nossas elites desde sempre de se afastar do vulgo, do populacho, da negraiada, da indiada e criar uma casta branca superior, europeizada. E essas benditas formas brasileiras continuam sendo consideradas erros a ser evitados, e vai o Pasquale Cipro Neto vociferar na televisão e na Folha de S. Paulo que aquilo ali não pode, que é língua de índio, de pobre, de burro, vai aquela descabelada chamada Dad Squarisi, que é uma das pessoas mais burras que eu já vi, falar que isso devia ser evitado...."

"...Vinícius Souto – Daria pra dizer que o ensino abafa talentos, traz insegurança, por causa dessa insistência em regras gramaticais?
A escola é um agente de reprodução dessas formas “legítimas” de falar, então, principalmente para as camadas populares, ela não permite o acesso às formas prestigiadas e também não reconhece a forma de falar original do seu estudante; tem aí um problema social muito grave..."
"...Rodrigo Aranha – A música do Adoniran Barbosa serviu para cutucar, digamos assim, a cultura de elite?
Infelizmente, figuras como Adoniran Barbosa, Patativa do Assaré, Luiz Gonzaga, esses artistas mais criativos que souberam trabalhar com a linguagem popular, são sempre apresentados, principalmente nos livros didáticos, como coisas pitorescas, que fizeram um trabalho diferente, divertido, mas estão aí no seu lugar; é para manter a distância, mostrar o que não fazer. O que existe é um medo das elites, dos que detêm o poder cultural, político, econômico etc., de se deixar contaminar pela cultura, pelo modo de ser, de viver do populacho, do vulgo, como se dizia no século 19. É uma perpetuação, digamos, de uma ideologia que vem desde o período colonial, e da Independência. A tentativa de preservar esse português puro, correto, é querer impedir que a nossa imensa periferia, que está chegando cada vez mais para o centro, tome conta de todos os aspectos da vida social, inclusive da linguagem..."


"...Sérgio de Souza Especificamente do ponto de vista político, em termos de transformação da língua, vocês, novos teóricos, têm que força hoje, proporcionalmente falando?
Nos estudos da linguagem temos duas grandes correntes: um grupo de lingüistas que acha possível estudar a língua só nas estruturas internas, imanentes; e aqueles que consideram impossível fazer um estudo da língua sem levar em consideração a cultura, os fenômenos sociais, etc. Esse segundo grupo, ao qual me filio, é que tem tido maior influência junto às instâncias de educação, ao ministério, à produção de material didático, à formação de professores, e o resultado a gente tem visto; os parâmetros curriculares nacionais, as diretrizes de educação, os processos de avaliação de material didático, os cursos de formação continuada dos professores, todos vêm dentro dessa linha...." 

"...Mas essa questão de aceitar as formas inovadoras é que precisa ser democratizada. Acabar com essa cultura do erro. Só que as pessoas confundem. E os inimigos dessas posturas mais avançadas dizem: “Ah, então agora as pessoas vão poder dizer ‘nós vai’, ‘os menino veio’”. Não é isso que a gente está propondo, porque essas formas são rejeitadas pelos falantes urbanos escolarizados, etc. O que a gente quer é que pelo menos as formas inovadoras que já fazem parte do português urbano, escrito, privilegiado etc. sejam consideradas.
 
Marcos Zibordi – Então quer dizer que não é nenhuma revolução?
Não é. Mas acontece que a nossa elite é tão empedernida na preservação das suas distinções que nem isso ela aceita. No Brasil temos uma situação muito curiosa. Em todos os países, em todas as culturas existe uma camada que acha que fala mais bonito, mais correto. Aqui, as nossas elites acham que o povaréu fala errado e que ela mesma, elite, fala errado. Que só uns três ou quatro e os portugueses falam bem. Existe preconceito contra a própria maneira de falar das camadas urbanas letradas...."


 








Friday, February 26, 2010

UM POUCO DE CULTURA E CIVILIZAÇÃO FRANCESA


Quinta, 25 de Fevereiro de 2010 - 09h36

Síndico descobre francês morto há 3 anos

A descoberta do corpo de um francês de 70 anos que tinha falecido havia três anos em seu apartamento nos arredores de Paris reacendeu o debate sobre o isolamento de idosos na França quando foi revelado, na quarta-feira.
O corpo, em estado avançado de decomposição, só foi descoberto depois que o síndico do prédio onde o idoso morava, em Asnières, na periferia de Paris, moveu uma ação de cobrança para receber o condomínio atrasado. Após não receber nenhuma resposta em relação às inúmeras cartas de cobrança dos condomínios atrasados, desde janeiro de 2007, ele contratou um especialista em genealogia para localizar a família do idoso.
Ele acabou descobrindo a existência de um irmão. Mas esse parente não tinha contato com o septuagenário havia anos. O síndico declarou à imprensa francesa que o idoso, proprietário de um pequeno apartamento, costumava quitar o condomínio no prazo certo e, muitas vezes, ia pessoalmente ao seu escritório para efetuar o pagamento.
"Fizemos nossas próprias investigações na vizinhança, que não levaram a nada. Ninguém tinha informações. Nós não temos o direito de violar as áreas privadas do prédio e não podíamos entrar em seu apartamento", declarou o síndico, que preferiu não se identificar, ao jornal Le Parisien.
"Pedimos ao nosso advogado para encontrar sua família e ele solicitou os serviços de um especialista em genealogia. Foi a partir disso que o corpo pode ser descoberto", afirmou.
Alerta
Após ser informado pelo especialista em genealogia que o idoso não dava sinais de vida há pelo menos três anos, o irmão do morto decidiu alertar a polícia.
Um grupo de policiais foi ao prédio na sexta-feira e descobriu que a caixa de correspondência do idoso estava abarrotada. As cartas mais antigas datavam de fevereiro de 2007. Os bombeiros quebraram o vidro da janela para entrar no apartamento e descobriram o corpo do idoso no chão, em estado avançado de putrefação.
Nenhum vizinho alertou, nesses três anos, sobre problemas relativos ao cheiro causado pela decomposição ou teria ficado preocupado com o desaparecimento do morador do prédio, diz o Le Parisien.
O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal para uma autópsia. Segundo os primeiros elementos da investigação, o idoso teria morrido de morte natural. "Esse caso é terrível. Ele revela o drama da solidão e da marginalização. É preciso lutar contra isso e envolver lojistas, associações e vizinhos para que as pessoas não vivam tão isoladas", afirmou Sébastien Pietrasanta, prefeito de Asnières.
Em 2003, durante a onda de calor na França, que matou 13 mil pessoas, a grande maioria idosas, mais de mil famílias não se apresentaram para recuperar o corpo de seus parentes. Após campanhas de sensibilização do governo francês, centenas de familiares se identificaram para assumir os procedimentos dos enterros.
Da BBC Brasil

Thursday, February 25, 2010

CORDEL DO FOGO ENCANTADO ANUNCIA FIM DA BANDA.


Comunicamos o encerramento das atividades artísticas da banda Cordel do Fogo Encantado.
Esta decisão implica na suspensão das apresentações ao vivo, como também da gravação em estúdio de material inédito.
 A disposição em suspender suas atividades passa por decisões pessoais do fundador da banda, Jose Paes de Lira (Lirinha), expressas em seu comunicado abaixo, que implicam na impossibilidade de continuidade do grupo. Contudo, mantêm intactas as relações de profunda amizade, respeito profissional e carinho cultivadas entre os integrantes da banda, equipe técnica e produção, solidamente construídas nesses onze anos de convivência.
Estamos certos que nesse tempo realizamos um trabalho de referência na nova música pernambucana e brasileira.
A banda, em decisão conjunta com a produção, deverá lançar em breve registro de áudio e vídeo AO VIVO da apresentação realizada na praça do Marco Zero, Recife, no dia 14 de fevereiro de 2010, considerado por muitos um show histórico.
O grupo também pretende lançar material de arquivo selecionado entre registros realizados ao longo dos seus onze anos de existência.
Cordel do Fogo Encantado manterá em atividade seu site oficial (www.cordeldofogoencantado.com.br) através do qual informará seu público sobre os lançamentos dos registros acima citados e sobre outros temas que se fizerem necessários.
Atenciosamente,
Antonio Gutierrez
Produção – Cordel do Fogo Encantado


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COMUNICADO - JOSÉ PAES DE LIRA

Com a permissão dos Encantados, sempre:
Anuncio a minha saída da banda Cordel do Fogo Encantado.
São 14 anos de trabalho ininterrupto (11 anos de banda e 3 anos de peça teatral de mesmo nome).
O grupo que é independente desde a sua origem, com integrantes do sertão de Pernambuco (Arcoverde) e do Morro da Conceição (Recife) se tornou uma das bandas mais ativas do cenário de shows da música brasileira. Isso aconteceu com a total entrega dos participantes e a verdade da mensagem emitida.
É com muita dificuldade que redijo essa informação, devido ao imenso amor que eu sinto pelo público e pelos meus companheiros/guerreiros do projeto.
Revelo, por respeito aos que me acompanham, a minha vital necessidade de trilhar novos caminhos.
Ajudei a desenvolver um dos espetáculos mais originais da cultura pop do país e é com esse sentimento de orgulho que sigo em frente.
Com a certeza de que o fogo da nossa poesia e da nossa música nunca se apagará e que nossa força é infinita.
Abraço forte,

José Paes de Lira, Lirinha.


Friday, January 01, 2010

"A vida é mais importante que a posteridade"


Mário de Andrade (Extraído do Seriado "Queridos Amigos", Capítulo 6 )

Voyage, voyage.

Desireless

Composição: 1987
 
Au dessus des vieux volcans,
Glisse des ailes sous les tapis du vent,
Voyage, voyage,
Eternellement.
De nuages en marécages,
De vent d'Espagne en pluie d'équateur,
Voyage, voyage,
Vole dans les hauteurs
Au dessus des capitales,
Des idées fatales,
Regarde l'océan...
Voyage, voyage
Plus loin que la nuit et le jour, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Dans l'espace inouï de l'amour.
Voyage, voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Et jamais ne revient.
Sur le Gange ou l'Amazone,
Chez les blacks, chez les sikhs, chez les jaunes,
Voyage, voyage
Dans tout le royaume.
Sur les dunes du Sahara,
Des iles Fidji au Fujiyama,
Voyage, voyage,
Ne t'arrêtes pas.
Au dessus des barbelés,
Des coeurs bombardés,
Regarde l'océan.
Voyage, voyage
Plus loin que la nuit et le jour, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Dans l'espace inouï de l'amour.
Voyage, voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Et jamais ne revient.
Au dessus des capitales,
Des idées fatales,
Regarde l'océan.
Voyage, voyage
Plus loin que la nuit et le jour, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Dans l'espace inouï de l'amour.
Voyage, voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien, (voyage voyage)
Voyage (voyage)
Et jamais ne revient.